Rituais eram para mim coisas de livros de fantasia.
Talvez o meu primeiro contacto com uma espécie de ritual tivesse sido as rotinas – atividades que se repetem e nos ajudam a organizar o dia e as tarefas que temos para fazer.
Do que me consigo lembrar a psicologia dos meus tempos de faculdade quando falava em rituais, era sempre de uma forma negativa, como os rituais de lavagem das mãos das pessoas com perturbações obsessivas, por exemplo.
Foi quando estudei hipnose clínica que percebi que há rituais que facilitam o acesso ao inconsciente.
Foi quando percebi que os rituais, com a sua simbologia, falam diretamente ao inconsciente. Em hipnose muitas vezes estes rituais existem “apenas” na nossa imaginação. Aprendi também que podemos potenciar a experiência hipnótica das pessoas, dando-lhe alguns objetos que permitam que a vivência imagética fique ainda mais real.
Ao pensar cada vez mais sobre rituais nos últimos anos, percebi que tenho uma espécie de fascínio por eles, tal como tenho por simbologia. Percebi que nos ajudam a ir muito mais longe neste contacto essencial com o nosso inconsciente.
Percebi que posso integrar os rituais dos livros de fantasia (maravilhosamente simbólicos) que sempre li e que habitam em mim, com esta ajuda que dou aos outros no entrar em contacto com conteúdos inconscientes.
Percebi que muitas vezes os rituais conseguem resolver conflitos, bloqueios internos, em que as palavras pouco ajudam.
E aí neste mundo entre a imaginação e a realidade, entre o concreto e o simbólico, existem infinitas possibilidades de Cura.
A psicoterapia na Natureza trabalha de forma muito evidente com rituais e simbolismo, potencia grandemente o simbolismo utilizado em hipnose e eu assumo com dedicação e amor o estudo e criação de rituais que permitam chegar mais longe nos processos de Cura.
E tu, estás dispost@ a deixar os rituais entrar na tua vida?!
ana rita says
Sim estou disposta a deixar os rituais a entrar na minha vida.